Voltando um pouco no tempo, mais ou menos para o começo de fevereiro de 1990, lá estava eu, recém-saído da 6ª série e entrando na 7ª série todo confiante, mas como sempre tinha aquela tensão de começar um ano novo, não saber quem eram seus colegas – e, é claro, videogames. Naquela época uma chuva de consoles já havia acontecido, um ano antes Master System e Phantyom System estrelavam em propagandas e – pior – o Master System fazia aparições na Sessão Aventura da Globo com o Master Dicas, mas eu ainda estava com o ATARI e sinceramente preferia uma jogatina no fliperama, pois achava ele mil vezes melhor que o console que eu tinha em casa.


Mas é aí que entra a questão, nesse mesmo ano, um amigo ali no Sylvia Martins Pires apareceu em outra turma. Era o Valter, um dos meus coleguinhas filho de umas das funcionárias da escola, então foi muito bom ter um rosto familiar e ele logo me falou de uma novidade que ele tinha… o MASTER SYSTEM. Que eu ainda nem tinha jogado e que obviamente eu era sempre convidado no final das aulas ou mesmo antes delas começarem parar dar uma passadinha na casa dele para fazer companhia na jogatina. Claro que ali eu conheci muitos jogos como Great Volleyball, Great Basketball, Black Belt e muitos outros, mas o que chamou a atenção de verdade foi certo joguinho, aquele que tinha um samurai e com apenas seus 2 megas me deixou boquiaberto na época. Agora vamos comigo para aquele review cheio de emoções também. E, se me permitem, deixem eu pegar o manual do jogo para começar com a introdução:
“O Lugar: o Japão do século XVI. Os feiticeiros satânicos tomaram conta do país onde você nasceu e vive. Eles roubaram a espada do Rei Dragão e os cinco Manuscritos Secretos que pertencem à sua família.
Você é Hayato, um destemido samurai, e deve recuperar a espada e os manuscritos secretos, superando todos os feitiços que o aguardem no Castelo da Magia Negra!
É mais do que uma questão de honra. O Destino de uma nação depende de seu sucesso.”


E o melhor: na época, a locadora Video Clip também disponibilizava os manuais para quem locasse o jogo. Isso não durou muito, porém foi muito importante para conhecer um pouco mais do jogo. Como descrito, você é um samurai que está envolvido em uma missão e o jogo já começa em um pequeno muro e o local está cheio de YOUKAIS. Aqui você já começa a entender a mecânica de movimentos de muitos dos inimigos que irão lhe perseguir: morcegos (que depois fui descobrir que eram corvos), tatus azuis que correm rapidamente pelo chão, caveiras flamejantes voadoras, uma caveira bem lenta e um demônio girando uma corrente, todos só para dar aquele ar de começo de aventura. E, é claro, você já aprende os movimentos básicos, como atacar, pular e algo que pra mim foi muito inovador: segurar o botão de ataque pressionado e abaixar, fazendo com que Hayato mantivesse a espada em riste, fazendo com que esse movimento se tornasse defensivo e ao mesmo tempo ofensivo, causando menos dano mas mostrando como segurar algumas das criaturas que viriam para cima querendo arrancar-lhe a vida.


Passando esse segmento, surge um mapa com algumas indicações com nomes em japonês. A primeira tela se passa em HIGO e CHIZUKEN é a segunda fase, que fica na entrada de um castelo. De cara já temos morcegos, caveiras flamejantes voadoras e aranhas em padrões que tentam lhe surpreender. Entrar logo no castelo faz com que esses perigos sumam, mas logicamente novos vão surgir e caveiras voadoras em chamas já saem correndo atrás de você até o próximo andar. Vale lembrar que depois de matar um certo números de inimigos um potinho com saquê surge restaurando parte da sua energia, esse é um dos itens que mais vai surgir para o jogador. Na sequência, um tipo de demônio aparece pulando na tela e lançando três bolas de fogo, o que sempre usamos contra isso é o golpe defensivo e ofensivo, pois o inimigo se lança na espada e vai sofrendo dano, ficando lento até morrer – e um segredinho: uma estátua de Buda estará na mesma tela, e subindo até sua cabeça e colocando para cima você entrará numa sala secreta onde mais saquê poderá ser pego.


Claro que isso não foi descoberto de primeira, mas como o jogo possibilitava escalar a estátua descobrimos o segredo sem querer, antes de qualquer revista noticiar esse macete. Bem, cruzando a porta saímos para a parte de fora do castelo, como se fosse o primeiro telhado e ali, logo na saída, tem outro esquema que é possível fazer para ganhar vidas extras sem muita dificuldade. Então, logo que sair da plataforma você verá degraus e um buraco: desça ali e volte e verá que uma formação de 4 corvos saiu do buraco vindo direto para cima de você, então se abaixe e segure o botão de ataque para segurar a espada e destruir os 4 sem problemas, depois vá para frente e eles voltarão a atacar, mas agora a distância é menor, portanto seja rápido e faça o movimento defensivo e repita até fazer 20.000 pontos, descolando mais uma vida que lhe dará um total de 3 logo de começo, já que cada corvo vale 100 pontos. Como o processo é rápido, quem tiver paciência pode farmar umas vidas logo no começo.


Bem, depois disso e só pular os buracos com cuidado, já que qualquer inimigo que o toque faz com que Hayato ande alguns passos para trás, então nessas partes vidas serão perdidas se você tiver pressa como meu amigo Valter tinha na primeira jogada e não passou desse telhado. Desvie das aranhas e corra para matar as caveiras voadoras em segurança e o demônio que surge ali na plataforma é só esperar ele descer e cacete ele com gosto. Seguindo para a porta e entrando nela, você dá de cara com uma escada e outro demônio desses. Uma vez que você matou um, você mata todos e se notar verá que a estátua de Buda está do outro lado de uma pilastra, ou seja, você passou por fora do castelo para poder continuar subindo. E novamente você encontrará outra estátua, só que agora um demônio encapuçado girando uma corrente vai surgir: mantenha-o distante aplicando golpes de espadas, pois a técnica defensiva e ofensiva não irá funcionar dessa vez. Claro, toda estátua tem aquele segredinho, então fique à vontade para recarregar um pouco da sua energia ou, se ainda não estiver confiante, fazer com que o inimigo suma e você passe na moral, muito usado por mim e meu camarada na época.


Novamente fora do castelo, aqueles buracos se tornaram maiores e os pulos têm que ser muito bem calculados, mas vá sem medo que os corvos passam dentro do buraco longe do seu pulo e aranhas surgirão depois de você passar. Logo você verá uma KATANA, esse é um item importante, pois ele dobra o poder de ataque de HAYATO. Claro que ele dura até você perder uma vida, aí você terá que achar outra para que o efeito volte. Mas cuidado, pois um morcego que atira bolas de fogo vai surgir (eu era bem breve, pegava a espada e corria pra porta fazendo o morcego sumir), mas lá dentro outro demônio encapuçado vai surgir e aí você nota a diferença que a espada faz. Dois golpes e o inimigo já explode! Subindo no topo da escada, a música que era bem animada se torna sinistra, e com o fundo todo preto o primeiro chefão surge. Uma RODA DE FOGO avança sobre a gente e alça voo jogando do alto pequenas bolinhas de fogo que precisam ser desviadas, além da própria roda que volta a descer em rota de colisão direta com HAYATO. E quem disse que passamos desse chefão? E pior – descobrimos duramente que o jogo não tinha continue, então tínhamos que recomeçar e passar por tudo aquilo de novo.


Mas isso foi ótimo, pois mais experientes passamos sem dificuldade aquela primeira parte e o castelo sem perder vidas naqueles buracos chatos e assim lá estávamos nós no chefe, e não sei se falei, mas era o esquema “perdeu a vida passa o controle” e quem chegava lá com a KATANA sabia que tinha mais chances de matar o chefão, pois o dano era realmente muito maior. Mas, é claro, demorou umas quatro partidas até entendermos o padrão e evitarmos os foguinhos que vinham de cima. Não me lembro quem foi que venceu o primeiro boss, mas lembro da emoção de poder ver a próxima fase, mas outro detalhe intrigava a gente: o pergaminho que havia saído de dentro do chefe derrotado, que ao tocar ele surgia um texto em inglês na tela e a única coisa que associei era o “jumping high” – JUMP, eu já tinha noção que era pulo e o HIGH, supus que era de mais alto. Dito e feito, segurando pra cima você tinha o pulo bem mais alto, conseguindo atingir plataformas que eram impossíveis antes dele.


De volta ao mapa do jogo, tínhamos a opção de dois destinos: NAGATO e IYO. Claro que naqueles dias não fazíamos distinção, assim rumamos para IYO, onde começava a quarta fase do jogo – e sim, é possível visitar cada fase fora de ordem, já que você pode escolher a região que irá visitar. E essa já começava com algumas plataformas e uma escadaria, claro que uma caveira já sai levantando pra te pegar, mas aí é só dar cabo dela para subir depressa e já encontrar outro youkai correndo pra cima de você. O bom é que aqui se você for rápido nem precisa enfrentar o bicho, é só subir na plataforma e seguir o caminho, mas cuidado com a caveira voadora e as cobras. Lembro que nessa parte era possível seguir em frente, mas na época minhas habilidades eram precárias e na primeira tentativa minha e do Valter fomos empurrados para o buraco, então o negócio era subir logo a escada e seguir em frente.


Logo no próximo segmento já se via uma escada à esquerda, então trate de subi-la, pois a primeira vida extra do jogo aparece ali, fora que também tem um daqueles youkais que ficam girando um bastão e lançando fogo em você – se abaixe e deixe ele se espetar na sua espada. Seguindo o caminho a coisa começa a esquentar, toda vez que você avança nas plataformas, pedras começam a cair do céu e – já sabe, né? – vidas serão perdidas naquela empurrada pra trás que você leva ao receber um dano. Então seja cauteloso, pois a coisa nem começou a ficar ruim ainda, afinal, na próxima parte você já será recebido por cobras e um youkai azul que pula para cima de você e já começará a ouvir o som de uma cachoeira. Na sequência, pedras de ambos os lados começarão a cair e rolar pelas plataformas, então, se for atingido, escolha a pedra da direita que lhe faz voltar para trás, pois logo à frente temos um buraco e pedras bem posicionadas. Aqui não tem jeito, você vai ter que decorar, pois quando se pula o segundo buraco pedras irão acabar com sua festa caindo por trás e outra vindo pela frente (com certeza acabaram com a minha).


Bem, depois daquele GAME OVER maroto e de passar por todas as fases até aqui, estávamos de novo no local, mas dessa vez passamos sem perder vidas e, melhor, com a espada que aumenta o dano também. Mas logo que subimos a escada no final da cachoeira, se via um tipo de templo e um daqueles youkais girando um bastão vinha ao ataque. Pra nossa sorte, ao matá-lo ele deixou um saquê que restaurou boa parte da vida e começamos a fazer o esquema de ficar indo e voltando várias vezes até que outro saquê aparecesse e assim tivéssemos o LIFE cheio novamente. Algo demorado, mas que garantiria a certeza de ter mais chances ao enfrentar um chefão e estava na cara que era o que ia acontecer. E lá estava BENKEI, um tipo de gigante com uma clava que andava para trás e para frente. Com sua cara coberta, parecia até um ninja, mas anos depois fui saber que era como um bandido se vestia na época em que se passa o jogo.


Bem, ele era realmente um bandido, pois roubou as nossas vidas rapidamente. Primeiro acertamos ele muito pouco e nem ao menos entendemos como o fizemos, depois tentamos pular por cima dele e o porrete impedia essa ação. No final, mesmo voltando com tudo, três vidas e a espada, o resultado foi o mesmo, tanto que daquela vez desistimos e fomos para a escola. E mesmo no final de semana o resultado foi igual, então desistimos e notamos que havíamos deixado uma opção passar. A de ir na tela acima da qual estávamos, NAGATO, e é claro que entramos nela, porém ela se mostrou apenas um fase de passagem sem muitos desafios, apenas alguns inimigos novos, como um olho que fica pulando de um lado a outro e um tipo de verme que se levanta do chão e dispara várias bolas de fogo para o solo. Fora eles, temos as caveiras, aranhas e os inimigos já conhecidos.


Tenho que detalhar que essa fase se passa numa caverna que parece ser próxima a um vulcão, pois encontramos lava e estranhas caveiras enterradas no chão que impedem a passagem e só pulando você passa por elas, mas cuidado, pisar nelas faz com que você perca energia vagarosamente, então seja breve se pisar em uma delas. Ah, é claro, cuidado com as pedras: elas voltam em um certo ponto onde você pode cair numa poça de lava e da mesma forma que a caveira no chão, caindo lá você vai perdendo energia gradativamente. Então fique ligeiro e corra até a bifurcação. Lá existem dois caminhos possíveis, uma porta acima e outra abaixo e existe uma curiosidade: no caminho de baixo é possível ver a cabeça do ALEX KIDD totalmente tostada, quase como um recado de que o personagem já era.


Recomendo que vocês vão pelo caminho onde está a cabeça do ALEX, ali você vai sair numa poça de lava gigante, onde você deve primeiro matar um dos vermes que comentei e depois seguir por plataformas até o final da caverna. Lá você encontrará um item que basicamente é um salvador. Ele se assemelha a um kit de ervas que no manual se chama INRO e ao pegá-lo, num primeiro momento, nada acontece. Na volta pelas plataformas eu caí na lava e, como minha energia estava baixa, eu já larguei o controle, só que algo praticamente mágico aconteceu: quando a energia se encerrou o jogo se paralisou por alguns segundos e toda a barra de energia se carregou, me dando tempo de sair da lava e comemorar junto ao meu colega a descoberta de tal item.


Rimos muitos e víamos ai uma possibilidade de matar o gigante BENKEI lá em IYO, mas, claro, voltei novamente à mesma caverna e dessa vez com todo cuidado peguei o pacote de ervas e voltei sem ser atingido. Evidentemente, seguindo pelo caminho de cima encontraria a saída logo, mas não antes de matar algumas caveiras, por várias vezes até que o famoso saquê fosse servido. E, claro, chegou a hora de voltar. Mesmo com o mapa indicando que havia caminhos alternativos para longe dali, não íamos desistir assim tão fácil. E lá vamos todo o caminho com cautela, pegando aquela vida extra, tomando cuidado em certas partes para que não perdêssemos o pacotinho de ervas e nenhuma vida até enfrentarmos aquele chefão. De volta em sua sala, o negócio fluiu melhor, passamos a correr para trás quando ele avança e pular alto para tentar acertar sua cabeça, mas o Valter dizia que não era ali o ponto e sim nas pernas, mas mesmo batendo rapidamente, o efeito não era o melhor, acertávamos mas não entendíamos como. Claro que o item que o pegamos na tela anterior foi usado automaticamente e quase sem esperanças que o milagre aconteceu, depois de muito penar, parei diante do gigante e cadenciei meus golpes de forma que quando ele dobrava os joelhos os meus golpes eram sentidos.


Aí estava o segredo para derrotar BENKEI um chefão que hoje, considero até mais difícil que o chefão final do jogo, pois até hoje se você vacilar uma vida será perdida e no começo do jogo sem os vários power-ups que você pegaria depois é praticamente impossível matá-lo sem as ervas e a espada que dobra o dano. Mas ele estava ali, explodindo e sumindo na tela, deixando um pergaminho ali no chão. Pulando sobre ele a seguinte mensagem aparecia: “THOU HAVE LEARNT TO SLASH WITH YOUR SWORD”. Mesmo com o ENGRISH terrível deu para entender que poderia dar um corte rápido com a espada. Logo em seguida, fomos jogados para o começo da tela, onde uma portinha estava aberta nos levando para a próximo ponto do mapa, mas antes já descobri o novo movimento, segurando nas diagonais, HAYATO aplicava um golpe que vinha do alto de sua cabeça até o chão, com um corte rápido – como eu havia imaginado.


O quinto estágio estava se aproximando e ele praticamente estava fora dos limites do mapa: chamava-se TOSA. Assim que entramos, uma nova trilha sonora começou a tocar e uma escada gigante nos levava a um novo segmento, um tipo de DOJO ou TEMPLO onde um monge aparecia que dizia que podíamos praticar ali, porém a prática era desviar de centenas de flechas que vinham da esquerda e da direita sem aviso, então bora decorar cada posição das flechas e ainda pular sobre plataformas já as acertando sem que elas nos atingissem. Depois disso, as flechas paravam, mas surgiam lanças que vinham do teto e que ficam subindo e descendo e você precisa calcular com certa frieza para se deslocar antes que a lança descesse. E nós achando que o chefão da fase anterior era difícil…


Temos que lembrar que a fita era alugada e no Sábado e Domingo eu não poderia vir para a casa do Valter. Como eu entrava no colégio à tarde, eu chegava sempre antes na casa do Valter para jogar um pouco e depois quando a aula terminava ficava até umas 8 horas da noite na casa dele. Então já tinha dado o horário e lembrem-se que não foi a primeira locação, não deixei claro isso no texto acima, mas você acreditaria mesmo que fizemos tudo isso em algumas horas? Não posso dar certeza agora, mas acredito que foram umas três locações: na primeira não passamos da RODA DE FOGO, na segunda chegamos no BENKEI e morremos miseravelmente e na terceira conseguimos chegar no TREINAMENTO. Sim, nada era tão simples mesmo naquela época e para mim, que ainda vivia o ATARI em casa, o MASTER SYSTEM do VALTER era um negócio de outro mundo e muito desejado por mim.


Porém, ambos aproveitamos o momento, pois quando perguntei para o Valter como foi a jogatina no final de semana, ele havia me dito que desistiu o treinamento e seguiu o jogo, mas como achou muito difícil as outras partes ele acabou desistindo. Uma pena, pois esse jogo ainda ficou na minha mente por muito tempo. Acho que ele se divertia mais quando os amigos jogavam com ele, íamos juntos resolvendo os desafios e acho que para ele jogar sozinho não tinha a mesma graça. Eu não podia ir nos fins de semana lá no Valter, pois minha mãe já achava que eu enchia o saco demais durante a semana, afinal, naquela eu fui quase todos os dias para a casa dele jogar. Mas lembro de sua mãe dizendo que era bom pois o Valter tinha poucos amigos e ainda mais depois do que ele havia passado.


E não posso dizer que sei explicar o que lhe aconteceu, mas o Valter sempre foi uma pessoa muito cheia de energia, vivia jogando bola e correndo pra lá e pra cá e de repente num belo dia ele acorda sem conseguir mover as pernas, o que foi um choque para a família. Mas todos os exames foram feitos e nada foi revelado ou não nos revelaram o que era, ele passou a andar com dificuldade e não praticava mais o seu esperto preferido, o futebol. E lembrando que tudo que relato agora foi antes mesmo dessas jogatinas na casa dele, hein. Mas estranhamente anos depois ele voltou com suas funções motoras nas pernas e o problema estava resolvido. Então pra mim ele foi um grande amigo que pelo menos dividiu por um tempo esse gosto pelos videogames, mas ele não locou mais o jogo, e como ele era o dono do console não tinha muito que eu pudesse fazer.


Só no final do ano que um dos meus sonhos de consumo aconteceu. Mesmo com o MEGA DRIVE já tendo sido lançado, eu não o conhecia com esse nome e não vi nenhum jogo que conheci um ano antes lá na PRAIA GRANDE no Fliperama do Sr. Margarido, que tinha em suas máquinas o SEGA GENESIS, então eu fiz meu pai comprar o MASTER SYSTEM, mesmo o atendente oferecendo o console mais novo e meu pai dizendo que ele não se importaria de pagar algumas centenas de cruzeiros a mais. Eu nem quis saber! Fui de Master System e ainda bem pois em 1991 se eu chegasse na escola dizendo que tinha um Mega Drive provavelmente a garotada teria me matado… huahuahua (o Master foi um grande problema pra mim naquele ano que viria). Mas vamos continuar com a história, porém num próximo texto para irmos direito ao que interessa.

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